Áudios de WhatsApp mostram fazendeiros de Rondônia defendendo a ocupação da Terra Indígena Sagarana após aprovação da lei 17.701/2023, do marco temporal. Apesar de considerada inconstitucional pelo STF no ano passado, a tese foi aprovada e sancionada pelo parlamento. Lideranças indígenas afirmam que a decisão do Congresso é culpada por novas invasões violentas realizadas nos territórios em 2024.
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Garimpo na fronteira entre Brasil e Guiana ameaça indígenas no território Raposa Serra do Sol
Balsas garimpeiras estão no rio Maú, na fronteira entre os dois países. Na parte brasileira, ele faz margem com o território indígena, onde é proibida a mineração. Do outro lado, na Guiana, a atividade é liberada. Situação indefinida e transfronteiriça expõe indígenas às invasões dos garimpeiros.
Funai recua em novos pedidos de demarcação após aprovação do marco temporal
A informação é da presidente da Funai, Joenia Wapichana, compartilhada durante assembleia geral na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, em 7 de janeiro. A Lei nº 14.701/2023, que aprovou a tese do marco temporal, entre outras medidas, foi promulgada pelo Congresso Nacional em 28 de dezembro de 2023. Wapichana aguarda retorno de ação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), que pede a derrubada da decisão.
Jacir Macuxi: garimpeiros em Roraima ‘acabam com tudo, perturbam a gente, trazem bebidas’
InfoAmazonia entrevistou o líder indígena, cuja história de vida se entrelaça com a luta pela demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol e pela criação de algumas das mais importantes organizações indígenas da Amazônia.
Discurso de ódio mira ativistas climáticos e defensores da Amazônia nas redes
Estudo da coalizão Climate Action Against Disinformation encontrou mais de 65 mil postagens apenas no antigo Twitter, com linguagem empregada para distorcer os discursos pró-meio ambiente, além de 34 mil posts com mensagens ofensivas a pessoas ou ações a favor do meio ambiente. Na Amazônia, o discurso de ódio contra ativistas e lideranças segue padrão semelhante, segundo monitoramento do Mentira Tem Preço.
A história do povo Kokama até a demarcação: da fuga dos colonizadores espanhóis à pressão política no Amazonas
No final dos anos 1980, quando um candidato a prefeito procurou indígenas para trocar apoio por votos, os caciques Aty Manã e Umari se viram obrigados a desvendar o caminho dos seus direitos sobre o território Acapuri de Cima, no Alto Solimões, homologado apenas este ano.
O silêncio da petroleira franco-britânica Perenco diante dos danos ambientais causados na Amazônia peruana
A multinacional Perenco afirma adotar práticas sustentáveis em todo o mundo, omitindo que na Amazônia peruana já acumula 58 infrações ambientais que afetam os ecossistemas e seus habitantes, como mostra a investigação da InfoAmazonia e seus parceiros internacionais. As comunidades indígenas localizadas na área de influência direta e indireta do bloco petrolífero 67, no departamento de Loreto, desconheciam que a empresa havia recebido sanções ambientais até o contato com nossa reportagem.
Indígenas têm maior participação de todas as COPs, e agora querem estar nas mesas de negociação
A InfoAmazonia falou com ativistas e lideranças para entender como foi a participação dos povos indígenas na COP28. Representantes avaliam como positiva a escolha de Sonia Guajajara para chefiar a delegação brasileira, mas agora querem mais espaço para realmente decidir sobre o futuro do planeta, a emergência do clima e, claro, seus próprios territórios.
21 blocos para petróleo e gás na Amazônia serão ofertados um dia depois da COP28
Blocos para exploração de petróleo e gás na Amazônia estão em área de impacto direto de pelo menos 20 terras indígenas; especialistas avaliam que participação do Brasil na conferência do clima foi manchada por acenos aos combustíveis fósseis.
Durante a COP28, Ministério de Minas e Energia concede incentivos fiscais a projeto que explora gás no Amazonas
Portaria tornou prioritário o empreendimento do Complexo do Azulão, onde gás natural é explorado no Amazonas. Na prática, as empresas societárias passam a emitir títulos de crédito e compradores podem ter redução no imposto de renda. Eneva, empresa responsável pelo projeto, responde a processo na Justiça movido por lideranças indígenas e comunitárias.