Na Amazônia Legal, o sistema Deter, do Inpe, registrou uma queda total de 33,6% no desmatamento de janeiro a junho de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado.

O desmatamento na Amazônia Legal detectado pelo Deter, sistema de alertas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), registrou uma redução de 33,6% no primeiro semestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano passado. Uma das quedas mais expressivas foi registrada no Amazonas, que chegou a tomar o segundo lugar entre os estados mais desmatados, mas, neste ano, diminuiu a área desmatada em 55,2% em relação aos primeiros seis meses de 2022.

O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, classificou a redução do desmatamento no estado como “muito significativa” após a tendência no ano passado. Ele atribuiu a mudança de direção no Amazonas às ações de fiscalização: “Todos os municípios da região sul do Amazonas que vinham sofrendo um acelerado processo de desmatamento foram objeto de ações muito intensas do Ibama e isso parcialmente ajuda a explicar essa redução tão grande”.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, no primeiro semestre de 2023, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) executou um orçamento de R$ 342 bilhões, mais de 60% de todo o montante utilizado pelo governo de Jair Bolsonaro entre 2019 e 2021 (R$ 550 milhões).

Claudio Almeida, coordenador do programa de monitoramento do Inpe, considera que a retomada das ações do Ibama em campo, com a destruição de equipamentos em áreas de desmatamento, contribuiu para essa diminuição. “A atuação com destruição de equipamentos estava muito restrita, estava sendo muito pouco executada. Agora, o Ibama voltou a fazer isso. Então, de certa forma, criou o receio por parte de quem está desmatando porque são equipamentos caros”.

A destruição de equipamentos estava muito restrita, estava sendo muito pouco executada. Agora, o Ibama voltou a fazer isso. Então, de certa forma, criou o receio por parte de quem está desmatando porque são equipamentos caros.

Claudio Almeida, coordenador do programa de monitoramento do Inpe