Um quarto da população em risco na região tem menos de 14 anos. As crianças são vulneráveis às mudanças climáticas não apenas pelos desastres em si, mas pelas consequências ao desenvolvimento infantil.
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Em Lábrea, falta de saneamento e clima extremo deixam população vulnerável a alagamentos e deslizamentos
Com 72% da população sem acesso à rede de esgoto, a cidade do sul do Amazonas sofre com risco de alagamentos, erosão e deslizamentos. A seca severa de 2023 e as cheias intensas de anos anteriores agravaram a situação. Moradores denunciam omissão do Estado e convivem com água contaminada e ameaças à saúde e à moradia
Vitória do Jari, no sul do Amapá, expõe desigualdade climática com mulheres chefiando casas em áreas de risco
Mulheres que enfrentam o medo constante de alagamentos e inundações contam como a histórica desigualdade de gênero as empurra para o risco climático. Em Vitória do Jari, são elas que chefiam a maior parte das casas (56%) em áreas de risco. Fora delas, a maioria dos domicílios (75%) é chefiada por homens.
Tabatinga, no Amazonas, concentra maior proporção de indígenas em áreas com risco de inundações e erosões
Cidade está na contramão do que acontece com outras populações tradicionais da Amazônia. Na comunidade Umariaçu, indígenas Tikuna enfrentam ameaças de deslizamentos, alagamentos e insegurança alimentar.
Em Belém, cidade-sede da COP30, 10% da população vive em risco de inundações e alagamentos em meio ao crescimento urbano desordenado
Capital do Pará reempacota obras históricas de macrodrenagem e saneamento como legado da conferência do clima, mas população critica atrasos e vê ações com desconfiança. Especialista alerta que construções devem vir acompanhadas de projeto de educação ambiental e gestão territorial.
População mais vulnerável a eventos climáticos na Amazônia está nas áreas urbanas e vive em favelas
Mapeamento inédito da InfoAmazonia traça o perfil dos grupos mais expostos a desastres hidrogeológicos na região – como deslizamentos, inundações, alagamentos e erosões – e revela que os mais afetados são, em sua maioria, jovens, mulheres, pardos ou negros, que vivem sem acesso adequado a saneamento.
Organizações indígenas criam estratégia para incluir demarcação de terras como política climática na COP30
O principal objetivo é ter o reconhecimento da importância dos povos indígenas para frear a emergência climática no mundo. Representantes dos povos querem participar das decisões com os líderes de Estado na conferência, marcada para novembro, em Belém.
Comunidade do Pará tem a maior concentração diária de poluição por fumaça, com índice 4.333% acima do considerado seguro
Em 4 de setembro de 2024, a comunidade Alvorada da Amazônia, em Novo Progresso, registrou uma média diária de 665 µg/m³ de material particulado fino, uma das principais substâncias tóxicas presentes na fumaça. A OMS recomenda que esse índice não ultrapasse 15 µg/m³.
Poluição por fumaça em comunidades Kayapó supera limite recomendado pela OMS em 800% no auge da temporada de queimadas na Amazônia
Em setembro de 2024, em comunidades nas Terras Indígenas Menkragnoti e Baú, no Pará, a concentração de ar poluído por fumaça atingiu a média de 134 µg/m³, quando limite estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 15 µg/m³. Lideranças relatam dificuldades para respirar e plantações são destruídas pelo fogo.
Quilombos em Rondônia enfrentam concentração de fumaça 193% acima do limite em 2024
O pior cenário foi na comunidade quilombola Pedras Negras, no município de São Francisco do Guaporé. A população local contou que houve impacto no turismo, nas plantações e no modo de vida: ‘Por semanas, não víamos o sol’, relatou um morador.