Transição energética gera corrida por minerais estratégicos com 5 mil requerimentos na Amazônia

Cobre, lítio e níquel, entre outros, são matéria-prima para produção de veículos elétricos, baterias, turbinas eólicas e painéis solares. A Amazônia guarda uma parte desses minérios do planeta e, por isso, grandes empresas querem fazer a exploração. A maioria dos pedidos está no Pará, sendo que Terras Indígenas e Unidades de Conservação têm pedidos com impacto direto em suas áreas.

Edital para projetos de carbono do Amazonas concede unidades de conservação sobre terras indígenas, mas não consulta órgãos e comunidades

As áreas protegidas disponibilizadas pelo edital, atualmente na fase de divulgação das empresas escolhidas, estão sobrepostas às terras indígenas Acapuri de Cima, Uati-Paraná, Jaquiri e Porto Praia. Apesar disso, a consulta prévia às populações afetadas não foi realizada.

Maioria dos deputados nomeados para comissão que investiga crise Yanomami já discursou a favor do garimpo

Nove dos 16 parlamentares que integram a comissão já defenderam abertamente o garimpo na Amazônia em 15 ocasiões na Câmara. Além disso, 14 dos membros do grupo fazem parte da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), o principal bloco de oposição à pauta indígena no Congresso. Contraponto é representado por Célia Xakriabá, nomeada após questionamentos a Lira sobre a escolha dos nomes.

Projeto de hidrelétrica ameaça rituais, caça e até sepulturas de indígenas na TI Tenharim Marmelos

A InfoAmazonia e o Brasil de Fato visitaram o território para entender qual é a posição dos indígenas em relação à construção da Usina Hidrelétrica Tabajara, um projeto de um reservatório de 97 km² em Machadinho d’Oeste, em Rondônia, que deverá atingir 9 terras indígenas, entre elas, a Tenharim Marmelos.

Sob ameaça do garimpo, Mundurukus discordam em sair do território para receber segurança do estado

Vinte indígenas na região do Tapajós estão enfrentando ameaças de garimpeiros. Eles comunicaram a situação às autoridades, mas só quatro deles ingressaram em programa de proteção no Pará. O motivo: o grupo não quer deixar o território e ir para a cidade para receber segurança individual, e pede uma solução coletiva dentro de suas terras.