Empresa vende lotes de território indígena como NFTs sem conhecimento da Funai, do MPF e da própria comunidade

Áreas da Terra Indígena Baixo Seruini, ocupada pelo povo Apurinã, no sul do Amazonas, foram vendidas pela empresa Nemus em projeto que promete preservar a floresta e gerar créditos de carbono. Procuradoria recomendou a suspensão do projeto em dezembro de 2022, mas a InfoAmazonia identificou que as negociações continuam na internet.

Loteamento de aldeias para projetos de carbono preocupa especialistas e defensores dos direitos indígenas

Sem mercado regulamentado no Brasil, empresas interessadas em crédito de carbono avançam sobre territórios protegidos para tentar garantir exclusividade em áreas de floresta e ignoram orientações da Funai e do MPF. Especialistas alertam sobre abusos em contratos e descumprimento de convenções internacionais sobre povos indígenas.