Incra volta atrás e libera projeto madeireiro com suspeitas de irregularidades em assentamento no Amapá

O governador do estado, Clécio Luís, defensor do projeto, reuniu-se com a cúpula do órgão agrário em Brasília dias antes da nova liberação do manejo no Projeto de Assentamento Agroextrativista Maracá. A operação havia sido suspensa em junho deste ano após denúncias de irregularidades na contratação de empresas que extraem madeira no local.

Grandes marcas compram créditos de carbono de esquema suspeito de esquentamento de madeira na Amazônia

Uma análise de dois projetos de créditos de carbono na Amazônia brasileira concluiu que eles podem estar ligados à lavagem de madeira ilegal. Os projetos pertencem a Ricardo Stoppe Jr., conhecido como o maior vendedor individual de créditos de carbono do Brasil, que faturou milhões de dólares negociando esses créditos com empresas como Gol, Nestlé, Toshiba, Spotify, Boeing e PwC.

Incra do Amapá vai rever projeto de manejo articulado por Alcolumbre em assentamento extrativista

Atual superintendente do órgão agrário confirma à InfoAmazonia que projeto madeireiro no Assentamento Agroextrativista Maracá ‘tinha pareceres contrários da área técnica que não foram observados pela antiga gestão’, e promete revisão da aprovação e da operação do manejo, que deve ser administrado de forma comunitária com sustentabilidade ambiental.

Exploração madeireira articulada por Alcolumbre no Amapá viola direito de extrativistas e beneficia empresas

Manejo florestal no Assentamento Agroextrativista (PAE) Maracá deveria ser comunitário e sustentável, mas teve gestão dominada pela madeireira TW Forest, que opera extração por meio de outras duas empresas. Técnicos do Incra e do órgão ambiental do estado alertaram sobre caráter empresarial e riscos socioambientais, mas projeto foi aprovado após assinatura de superintendente ligado a Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).