Leilão do governo Bolsonaro para liberar garimpo na Amazônia incluiu áreas em Terra Indígena no Pará

Leilão da ANM lançado no final da gestão Bolsonaro disponibilizou áreas para legalizar garimpos, incluindo áreas na Terra Indígena Menkragnoti, no Pará, e em pelo menos nove unidades de conservação; cooperativas ligadas ao lobby pró-garimpo devem ser as mais beneficiadas. MPF instaurou investigação e organizações pedem cancelamento do edital.

Bioeconomia na Amazônia: projetos precisam levar em conta a diversidade da região e empoderar produtores locais

Criação de secretaria voltada exclusivamente para a bioeconomia é bem-vista por especialistas entrevistados pela InfoAmazonia, que também defendem mais de um modelo para desenvolvimento de acordo com as diferentes características das sub-regiões dentro da Amazônia. Ação que fortaleça cooperativas e associações também está entre as principais demandas para o crescimento do mercado local.

O desafio de zerar o desmatamento diante da alta demanda por carne

Lula promete zerar o desmatamento até 2030, mas projeções do Ministério da Agricultura apontam para o aumento de 17% na produção de carne nos próximos dez anos, o que pode levar ao desmatamento de 1 milhão de hectares por ano até 2030. As alternativas para evitar o avanço da perda de floresta seriam a restauração do pasto e o aumento da produtividade, aliadas a medidas de fiscalização que coloquem fim à grilagem de terras.

Governador Denarium é sócio de desmatador da TI Yanomami em frigorífico

Sócios do Frigo10, incluindo o próprio governador Denarium, acumulam R$ 20 milhões em multas por crimes ambientais na floresta amazônica. Um deles, Ermilo Paludo, criou gado ilegal na Terra Yanomami por mais de 20 anos. Em 2022, Denarium concedeu ao parceiro de negócios uma área de floresta pública para criação de boi. Na mesma área, procurador de Paludo já tem autorização para explorar ouro.