
Conexão Amazônia-Caribe
Nos últimos anos, grandes quantidades de algas infestam as águas e praias paradisíacas do Caribe. Agora, pesquisadores revelam que existe uma conexão deste desequílibrio com a degradação da Amazônia.
Imagem de satélite do rio Amazonas descarregando pluma de sedimentos (em marrom) no Oceano Atlântico. Crédito: Imagem cortesia de ESA Copernicus / Sentinel-3 / produzida por Earthrise
Águas Turvas é uma série produzida pelo InfoAmazonia com apoio da Earth Journalism Network (EJN) e da Earthrise Media. Em quatro reportagens especiais, mostramos como a poluição nos rios amazônicos tem uma conexão direta com impactos ambientais que estão sendo observados no Oceano Atlântico.
Uma das evidências da relação entre estes dois problemas tem sido a floração de enormes massas de macroalgas, em especial o sargaço, no mar do Caribe. Estas marés marrons, que já afetam a economia de destinos turísticos famosos como Cancún, são alimentadas pela sobrecarga de nutrientes, sejam eles advindos do despejo de esgoto sem tratamento, fertilizantes e erosão causada por garimpos ou desmatamento. As reportagens foram publicadas em aliança com os seguintes meios: The Times Picuyune (EUA), Arestegui Notícias (México) e El Espectador (Colômbia).
Neste especial:

Destruição da Amazônia alimenta maior cinturão de algas do planeta
Cientistas estão investigando porque os bancos de sargaço no Atlântico proliferaram tão rápido durante a última década, sujando o mar do Caribe e se estendendo até a costa da África. Há cada vez mais evidências que as descargas crescentes de poluentes orgânicos do rio Amazonas são uma das principais causas.

Sargaço: a maré marrom que ameaça o Caribe
Uma década depois de as primeiras florações de sargaço terem sido identificadas no Atlântico Sul, esses gigantescos tapetes marrons de macroalgas representam uma das maiores ameaças ecológicas ao Caribe, uma região megadiversa, da qual dezenas de milhões de habitantes dependem fortemente do turismo e dos recursos naturais.

A maior cidade da Amazônia despeja quase tudo no rio
Em Manaus, a falta de saneamento é generalizada. Nesta terceira história ligando a saúde da bacia amazônica com a proliferação de algas no Caribe, mostramos como as condições na maior cidade da região afetam tanto as pessoas quanto o meio ambiente.

StoryMap: Como sedimentos do garimpo poluem o rio Tapajós
Levantamento inédito feito pelo InfoAmazonia com a Earthrise Media revela que a mancha de poluição dos garimpos de ouro na bacia do Tapajós já se estende por 500 quilômetros. Análise de imagens de satélite mostram que a atividade disparou 70% nos últimos cinco anos.
Equipe
Gustavo Faleiros
coordenação geral e edição
James Fahn
edição
Aldem Bourscheit
reportagem
Sara Schonhandt
edição
Steffanie Schmidt
reportagem
Bruno Kelly
fotografia
Alejandro Castro
reportagem
Paola Chiamonte
fotografia
Juliana Mori
edição de imagens, visualizações e design de páginas
Edward Boyda
análise das imagens de satélite
Jerusa Rodrigues
tradução ao português
Caleb Kruse
análise das imagens de satélite
Lucy Calderón
tradução ao inglês
Tony Gross
tradução ao inglês