Exploração madeireira articulada por Alcolumbre no Amapá viola direito de extrativistas e beneficia empresas

Manejo florestal no Assentamento Agroextrativista (PAE) Maracá deveria ser comunitário e sustentável, mas teve gestão dominada pela madeireira TW Forest, que opera extração por meio de outras duas empresas. Técnicos do Incra e do órgão ambiental do estado alertaram sobre caráter empresarial e riscos socioambientais, mas projeto foi aprovado após assinatura de superintendente ligado a Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Kelliane Wapichana, líder de movimento de mulheres em RR: ‘Estamos trilhando nossos caminhos inspiradas por outras guerreiras’

Secretária-geral do Movimento de Mulheres Indígenas, do Conselho Indígena de Roraima (CIR), que representa 465 comunidades no estado, ela conta como está sendo a trajetória no combate à violência de gênero e afirma que é inspirada por outras ‘guerreiras’ que hoje comandam grandes cargos no país.

Em seu próprio tribunal, indígenas pedem responsabilização de gigantes do agronegócio e fim do projeto da Ferrogrão

Comunidades afetadas pela construção da ferrovia denunciam o risco de desmatamento e de perda de autonomia de seus territórios. Nova análise da InfoAmazonia identificou que os crimes ambientais no corredor de logística que inclui o empreendimento e outros projetos, como o asfaltamento da BR-163, já afetam diretamente 64 aldeias, 11 terras indígenas e 20 unidades de conservação.

Grupo colombiano descumpre recomendação da Funai e consegue assinatura de indígenas em projeto de carbono

Em outubro de 2023, a InfoAmazonia visitou territórios do Alto Solimões, no Amazonas, onde o grupo Community REDD+ estava preparando o projeto e tentando convencer os indígenas. Apesar de todas as recomendações contrárias feitas pelo órgão federal indigenista brasileiro, as empresas ingressaram nos territórios, realizaram reuniões e fecharam contratos.

Márcia Mura, professora impedida de lecionar na própria comunidade: ‘forma moderna de falar que sou incivilizável’

Em entrevista à InfoAmazonia, a professora conta que está há dois anos impedida de lecionar na escola estadual de sua comunidade, às margens do rio Madeira, pelo governo de Rondônia. Ela diz sofrer uma forma moderna da mesma perseguição que marcou o povo Mura que, durante a colonização, nunca ‘quis negociar com o Estado’ e sempre foi tido ‘como incivilizado’.