A COP16, em Cali, deu grandes passos em relação à participação dos povos indígenas, comunidades tradicionais e afrodescendentes, os quais foram considerados históricos. No entanto, terminou sem que dois dos principais pontos da agenda fossem abordados: o acesso aos recursos necessários para proteger a biodiversidade e o mecanismo que medirá o progresso dos países para preservar a natureza. Esse é o balanço das duas semanas de negociações.
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É um feito: a população afro foi incluída nos acordos de biodiversidade da COP16
Embora parecesse uma questão que não prosperaria após a oposição inicial dos países africanos, as 196 partes que negociaram na COP16, ao final, reconheceram explicitamente o papel desempenhado pela população afrodescendente no cuidado e preservação da biodiversidade. O que essa mudança significa?
Após 8 anos de discussões, COP16 dá um grande passo para proteger os oceanos
Na cúpula de biodiversidade, um processo de negociação que começou há oito anos e está relacionado a áreas marinhas importantes nos oceanos foi fechado. A decisão, uma das primeiras a ser adotada nesta COP, foi descrita como “histórica” por diversos especialistas. Aqui explicamos em que ela consiste.
O que é ser afro? A discussão entre Colômbia e países africanos na COP16
A proposta, feita por Colômbia e Brasil, de incluir os povos afrodescendentes como atores-chave na proteção da biodiversidade provocou um debate que durou a semana toda. Há dois pontos centrais dessa discussão; um deles tem a ver com como definir uma pessoa afro.
COP16: Petro defende taxação de países ricos ‘predadores’
Na abertura da cúpula em Cali, presidente colombiano chamou de ‘contradição moral’ os altos juros cobrados por países ricos de nações que ajudam a absorver CO2, como as da Amazônia.
COP16: Empresas podem lucrar com a genética da biodiversidade do planeta?
Milhares de empresas têm acesso a bancos de dados com informações genéticas de milhões de plantas e animais. Com esses dados, desenvolvem novos produtos que geram lucros bilionários, dos quais as populações indígenas e comunidades locais raramente se beneficiam. Na segunda-feira (21), durante a COP16, iniciou-se uma discussão para buscar uma distribuição mais justa desses benefícios.
Apenas 33 países dos 196 chegaram à COP16 com a tarefa feita
Na cúpula de biodiversidade, que começou nesta segunda-feira (21) em Cali, na Colômbia, os 196 países membros da Convenção deveriam ter chegado com um documento explicando como irão cumprir as 23 metas acordadas há dois anos, destinadas a conter e reverter a perda de biodiversidade. No entanto, apenas 17% dos países entregaram o documento.
As conexões que perdemos quando uma árvore desaparece
A COP16, um dos eventos mais importantes sobre biodiversidade no mundo, ocorre nesta semana em Cali, na Colômbia. Enquanto isso, na Amazônia — uma das regiões mais biodiversas do planeta —, cada hectare de floresta derrubado representa a perda de 139 árvores e, com elas, centenas de conexões com outras espécies. Isso é o que está em jogo.
COP16: O que está em jogo na cúpula de biodiversidade da ONU?
Dois anos após a criação do Marco Global da Biodiversidade, a conferência agora busca financiamento e ações concretas.
Turismo ameaça Lagos de Tarapoto, um dos locais mais preservados da Amazônia colombiana
Localizados a mais de duas horas de Leticia, cidade na fronteira com o Brasil, os lagos são um destino frequentemente procurado por viajantes que visitam a parte colombiana da floresta, famosa por seus carismáticos botos cor-de-rosa. No entanto, o turismo está começando a levantar muitas questões entre as comunidades indígenas próximas, que temem que possa sair do controle. Como encontrar um ponto de equilíbrio?