Câmara aprovou na noite desta terça-feira (30) o PL 490, que institui a tese do Marco Temporal para demarcação de terras indígenas. Na próxima semana, STF retoma julgamento sobre o mesmo assunto. Especialistas apontam que articulação na Câmara para adiantar decisão pode ter ‘efeito contrário do esperado pela bancada ruralista’.
André Borges, 47 anos, atua como repórter há 25 anos. Natural de São Paulo, vive em Brasília desde 2010, cobrindo temas ligados ao meio ambiente, impactos sociais, política e infraestrutura. É mestre em Jornalismo pela USP. Sua cobertura é marcada por reportagens realizadas em regiões da Amazônia, do Cerrado e Nordeste, além de bastidores da política em Brasília. É vencedor de diversos prêmios de jornalismo, como Vladimir Herzog, Petrobras, IREE, Direitos Humanos de Jornalismo, entre outros. Foi repórter do Estadão por 8 anos. Já passou pela redação do Valor Econômico, com colaborações para Folha de S. Paulo e Carta Capital, entre outras publicações.

Projeto que institui Marco Temporal avança na Câmara para atropelar o STF e pôr fim à demarcação de terras indígenas
Nesta semana, a bancada ruralista conseguiu articular aprovação para a tramitação em regime de urgência do PL 490, que impõe o chamado ‘Marco Temporal’ apesar de a tese já estar em julgamento pelo Supremo Tribunal Federal. Na busca por apoio, a negociação ocorreu inclusive com membros do próprio governo Lula.