Sociólogo e professor da Universidade Federal do Amazonas, Luiz Antônio Nascimento fala sobre o resultado das eleições no estado e explica o que pode ter causado os votos atribuídos ao governador Wilson Lima e ao presidente Jair Bolsonaro, mesmo após a crise de oxigênio que matou centenas de pessoas em Manaus.

O professor Luiz Antônio Nascimento dá aulas na Universidade Federal do Amazonas há 30 anos. Como sociólogo, sua atuação é marcada pelo ativismo em relação à regularização fundiária e segurança pública. Entre 2009 e 2016, Luiz coordenou o Programa Terra Legal, de regularização fundiária na Amazônia Legal, desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Como professor, Nascimento tem acompanhado há 30 anos a luta dos povos tradicionais e a complexa conjuntura política do estado. O Amazonas terá segundo turno para governador, em uma disputa entre o atual governador Wilson Lima (União Brasil), apoiado pelo Presidente Jair Bolsonaro, que ficou em primeiro lugar com 819.784 de votos, e o senador Eduardo Braga (MDB), apoiado pelo ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e que ficou em segundo lugar com 401.817 de votos.

Arquivo Pessoal
Professor Luiz Antônio Nascimento é servidor da Universidade Federal do Amazonas há 30 anos

Já para para presidência, Lula teve a maioria dos votos no primeiro turno. Venceu em 58 dos 62 municípios do estado, mas a capital Manaus deu vitória a Jair Bolsonaro. A diferença em porcentagem foi de 49,58% dos votos para o ex-presidente e 42,80% para o atual presidente. 

Os números positivos de Bolsonaro e seu candidato ao governo contrastam com a inoperância dos órgão públicos na tragédia vivida pela população durante a pandemia de Covid-19 e o crescimento da devastação da floresta nos últimos anos
Durante a pandemia, o Amazonas  passou por um colapso no sistema de saúde, com mais de 14 mil mortes registradas pela Covid-19. Em janeiro de 2021, além do colapso hospitalar, o estado passou por um desabastecimento de oxigênio, que levou à morte de dezenas de pessoas e uma corrida por cilindros de oxigênio em todo o estado. 

Nesta entrevista, Luiz faz reflexões e dá respostas às perguntas que cercam a população amazonense no pós-eleição e traça um olhar para o que deve ser necessário nos próximos anos, levando em conta a luta pela pauta ambiental e indígena.

InfoAmazonia – Que fatores podem ser citados para explicar a votação expressiva do governador Wilson Lima, mesmo após o péssimo desempenho durante a crise de Covid-19? As pessoas esqueceram?
Luiz Nascimento – Você tem uma parcela da população brasileira que é conservadora e no Amazonas não é diferente, em especial nas áreas urbanas. Também é natural que quem está na máquina pública opere, tanto do ponto de vista ético como antiético, e pressione para que as pessoas ligadas ao governo, que de alguma maneira sobrevivem em função do governo, prestem serviços ao governante.

Não digo que seja aceitável. Estou dizendo que isso acontece. O governador pressiona líderes populares, vereadores, deputados, todo mundo é acionado. Outro aspecto importante é que ele gasta milhões com publicidade

Por exemplo, em relação à segurança pública, o Amazonas é hoje o estado brasileiro que mais tem crescido as taxas de homicídio no Brasil.  Mas quando você passa nas ruas e você vê as publicidades parece que Manaus está muito bem, obrigado. 

Parece é que queremos esquecer. Soubemos da morte de professores, estudantes, irmãos, pais, mas não fomos nos velórios de nenhum deles. Talvez isso explique esse esquecimento da pandemia.

Em relação à Covid-19:  ocorre uma espécie de sepultamento da memória. Nós não sepultamos nossos mortos, nós enterramos. Abrimos buracos e jogamos dentro. Nós não passamos por um processo de luto normal. Ao mesmo tempo, foram muitos episódios de desrespeito, a falta de compra de vacina na hora certa, a falta de ação concreta do governo, os casos de corrupção. 

O que parece é que queremos esquecer. Soubemos da morte de professores, estudantes, irmãos, pais, mas não fomos nos velórios de nenhum deles. Talvez isso explique esse esquecimento da pandemia. Foi tão duro, tão traumático, que a gente precisou do direito ao esquecimento. 

Então é claro que isso vai refletir na decisão eleitoral. As pessoas desconsideram o que ocorreu. Decidem não levar em conta essa variável. É um fenômeno não só do Amazonas com o Wilson Lima, mas também acontece com o Bolsonaro.  

Raphael Alves/Amazônia Real
Sepultamento de vítima da Covid no Cemitério Nossa Senhora Aparecida no Tarumã, Manaus, em 01 de março de 2021.

Em se tratando de governo federal, como você avalia a divisão do interior do Amazonas e da capital Manaus? O interior do estado votou massivamente no candidato Lula, mas a capital se manteve na mesma medida que 2018, com apoio ao presidente Bolsonaro. 
A população do interior do Amazonas ainda é muito abandonada. Os governos do Lula e da Dilma deram a essas pessoas coisas que eles não tiveram a vida inteira. Eu conheço o Amazonas antes e depois do “Luz para todos”.Tem chegado em Manaus muito mais polpa de fruta do que chegava antes. Com o “Luz para todos” a fruta estava lá, mas o cara não conseguia processar e mandar para Manaus. O cara hoje processa, coloca no freezer e manda num barco. Isso mudou a vida ordinária daquelas comunidades. O Mais Médicos foi outro programa que fez uma enorme diferença na vida dessas pessoas.  

Então as pessoas puderam ter serviço, benefícios, os filhos vieram para universidade estudar, as pessoas fizeram concurso e tiveram trabalho. A vida deles efetivamente mudou para melhor. Quer dizer, os poucos investimentos que o Governo Federal fez melhoraram muito a vida daquelas pessoas. 

Diferente da população que mora em Manaus, que melhorou proporcionalmente muito menos. Manaus é uma cidade mais organizada comparada ao interior do estado, tem água, luz, telefone, esgoto, escola. Esse impacto das políticas públicas básicas foi menor. Então esse eleitor não consegue ouvir o PT. O PT não faz a diferença na vida deles. A imagem do  PT chega para eles com uma perspectiva moralista, que é a história do envolvimento com corrupção, envolvimento com desvio de verba, ou moralista sobre ser de esquerda.

Durante as eleições, houve muito debate sobre Amazônia, sobre a pauta ambiental. O InfoAmazonia mostrou que, no entanto, essa pauta se concentrou em conversas na região sudeste. Por que essa pauta não é mais valorizada no Amazonas, mesmo o estado passando por forte desmatamento de suas florestas? Por que nós que estamos na Amazônia não estamos falando da Amazônia?
Nós damos o valor aquilo que nos é importante em alguma medida. Aquilo que reflete na nossa existência filosófica, afetiva, econômica de forma clara. Vamos dar um exemplo: O norte da cidade de São Paulo é cercado por uma serra belíssima, a Serra da Cantareira. A Serra da Cantareira está para cidade de São Paulo como a Amazônia está para nós no Amazonas. 

Vamos dar um exemplo: O norte da cidade de São Paulo é cercado por uma serra belíssima, a Serra da Cantareira. A Serra da Cantareira está para cidade de São Paulo como a Amazônia está para nós no Amazonas. 

A cidade de São Paulo não dá importância à Serra da Cantareira. Mas, certo ano houve uma crise hídrica e a cidade precisou fazer racionamento. A cidade descobriu que ela era abastecida pela água fornecida pela Serra da Cantareira. Foi a primeira vez em décadas que a cidade se deu conta que a Serra da Cantareira era importante para sua existência.

Fabio Bispo/InfoAmazonia
Entre os dias 18 e 24 de agosto, InfoAmazonia sobrevoou áreas no sul do Amazonas, noroeste de Rondônia e as áreas protegidas Parque Estadual do Guajará-Mirim e a Terra Indígena Karipuna.

Então quando a gente olha para o Amazonas, e especialmente Manaus, a gente percebe que é uma bolha no meio da floresta. São tantos problemas ordinários: o transporte público não funciona. O hospital não funciona. Falta tratamento de esgoto, a energia elétrica é cara. Você tem um conjunto de problemas que a gente não tem tempo para dar conta da Amazônia. Essa Amazônia idealizada e idílica para a população externa. 

Nós só vamos perceber a Amazônia se a gente conseguir se apropriar dela. Os cientistas têm uma enorme dificuldade em traduzir os estudos para uma linguagem que o caboclo compreenda. Enquanto não formos capazes de fazer essa tradução, vamos continuar sendo estranhos para nós mesmos.

Aqui no Amazonas existia uma expectativa de que o Amazonino iria para um segundo turno, algumas pesquisas apontavam seu nome. Ele perdeu, pela terceira vez consecutiva. Dessa vez para o candidato Eduardo Braga. O que podemos entender disso?
Uma parcela do eleitor brasileiro produz uma espécie de vínculo afetivo com lideranças políticas. Amazonino, Paulo Maluf, José Sarney, o próprio Lula e outros tantos. São vínculos afetivos resultado de ações políticas daqueles governantes. O Amazonino construiu hospitais, escolas, maternidade. Então há um vínculo afetivo da cidade e do interior.

Agora, o Amazonino perdeu a eleição por uma razão bastante clara. Existe um etarismo, uma resistência ao idoso. O fato do Amazonino ser um homem velho, de 82 anos, mas sobretudo o fato dele estar adoecido, de estar enfraquecido. Ele fez aparições em que estava esmorecido, às vezes em cadeira de rodas. Isso afetou a imagem dele para a população. 

No legislativo nós elegemos muitos candidatos associados a outros políticos do estado. Parentes, irmão, esposa, filhos. Como você avalia os nomes que vão compor a Assembleia Legislativa do Amazonas?
O Amazonas tem um problema grave, porque os parlamentares tratam o mandato como se fosse uma empresa. É natural que em uma empresa o dono vá preparando seus filhos para ascender e assumir papéis importantes ali dentro. Como se fosse um negócio. E um negócio muito lucrativo. Ele é um servidor público, é um policial, é um pequeno comerciante num bairro popular da cidade e em quatro anos depois ele está milionário. Ele aprende como é que funciona a máquina e ao final e acabam trazendo os parentes. 

Existe uma explicação sócio-histórica nisso. O Brasil foi uma monarquia durante quase quinhentos anos. Há pouco mais de cem anos que a gente proclamou a República. Essa República ainda está em construção. Ainda existe uma ideia de que as coisas públicas ao invés de serem públicas, são deles. Os parlamentares se apropriam das coisas públicas. 

Quando eu atuava no Terra Legal, uma colega me perguntou: ‘ah, você não pode me arrumar um terreno, já que é teu?’ Como é que eu arrumaria um terreno? Essa ideia de coisa pública é muito alargada, muito esgarçada. E isso faz com que a população não veja problema. Você corrompe a estrutura democrática, você transforma em interesse privado. Você permite a corrupção, você permite tratar coisa pública na esfera privada, na esfera familiar.

Ainda falando sobre o parlamento, o deputado federal eleito com o maior número de votos foi um jovem de 21 anos, Amom Mandel, neto do ex-presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), Domingos Chalub, enteado do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), Mário de Mello. Em Manaus, continua o discurso da renovação política que embalou muitos candidatos em 2018?

É um voto para quem está na mídia. Então não tem nada de novo, não tem absolutamente nada de renovação, ele é um jovem conservador e que vai votar pautas conservadoras. Então entramos de novo na história da capacidade de comunicação. A gente está falando de quem tem uma enorme capacidade de comunicação moderna nas redes sociais. A esquerda de um modo geral no Amazonas ainda não sabe lidar com os novos públicos e novas formas de se comunicar. Também não é só um problema do Amazonas ou do Brasil. A esquerda no mundo está esgotando a sua capacidade de apresentar projetos nacionais para as sociedades. 

Veja na Itália, que acabou de eleger uma jovem fascista. A Itália, berço da democracia. É um problema que não é só nosso.  

Estamos falando do Amazonas, mas em toda a região Norte a população continua elegendo candidatos que já se mostraram contra as pautas ambientais e indígenas. Mesmo num eventual governo mais pró-indígena, como é o caso do Lula que está propondo um ministério indígena, de que forma essas candidaturas ao governo que são de direita podem interferir?
O que deve mudar a partir de agora é a capacidade que a sociedade e os grupos sociais vão ter de disputar politicamente a construção de pautas dentro da Câmara, do Senado, e das Assembleias Legislativas. E de pressionar também os governadores. 

Essa relação entre governadores e uma possível reeleição de Lula vai ser um processo em construção, com disputas. Então, quando o governador defender uma agenda anti-indígena, ele vai precisar lidar com movimentos sociais organizados que são pró-indígenas.

Nós vamos ter muita política. Política de fato. O que não tem ocorrido agora. No exercício da política, o outro está disposto ao diálogo mesmo que seja de confronto.

Nós vamos ter muita política. Política de fato. O que não tem ocorrido agora. No exercício da política, o outro está disposto ao diálogo mesmo que seja de confronto. Mesmo que seja de oposição. Agora nós temos uma política sem diálogo. Não tem conversa. Acabou. Foi isso que o governo Bolsonaro fez. O governo Bolsonaro simplesmente não conversa com os povos indígenas. Não conversa com as populações tradicionais. Desmontou o sistema de vigilância e fiscalização. E acabou. 

Então devem surgir vários conflitos, porque o conflito é resultado do confronto de pensamento e de ideias. Não serão tempos tranquilos, serão tempos duros, mas isso gera uma série de outras situações. Quando o Lula foi preso, por exemplo, o número de filiações no PT aumentou. Ou seja, as pessoas perceberam que a transformação da sociedade se dá pela organização política. 

Neste ano tivemos o maior número de candidaturas indígenas já registradas no país. Aqui no Amazonas não conseguimos eleger nenhuma. Você acredita que, mesmo com a perda, essas pessoas ganharam força?
Foi um avanço que  os povos indígenas tenham lançado candidaturas para deputados estaduais e deputados federais. Eu acho que faltou maior coordenação para lançar uma única candidatura forte em cada estado. Os votos foram pulverizados. Mas isso é um processo de aprendizado. O movimento negro conseguiu compreender isso melhor, porque fizeram isso ao invés de sair lançando três, quatro candidaturas. É preciso centralizar. 

Neto Ramos/ COIAB
Vanda Witoto é liderança Indígena da área de saúde e foi candidata à deputada federal pelo partido REDE

Essa é uma coisa que acho que vale a pena pensar, mas acredito que as candidaturas ganharam força e essa força não vai diluir. A Vanda Witoto, por exemplo, uma jovem liderança indígena que vai continuar crescendo e sua tarefa agora é segurar a onda de popularidade e continuar disputando. 

O que falta para que os partidos de esquerda consigam avançar com suas pautas e eleger um nome no estado do Amazonas? É uma questão de organização política mesmo?
Existem dois elementos: a esquerda sempre se apresenta como esquerda, mas a direita e o centro não se apresentam como direita e como centro. A esquerda apresenta os seus fundamentos, mas a direita não diz que defende um estado que favoreça a acumulação de capital das empresas privadas. Ela usa os chavões da liberdade, do patriotismo, da família. São construções argumentativas diferentes e quando você tem uma massificação por parte da extrema direita contra a esquerda, a esquerda fica fragilizada. Esse é um aspecto. 

Tem um outro aspecto que a gente precisa considerar, que é o seguinte: houve mudança legislativa na regra eleitoral. Na eleição passada você podia disputar oito cadeiras para federal, você poderia lançar três vezes esse número de cadeiras. Então você podia lançar três vezes mais um. Então você podia lançar vinte e cinco candidatos por partido. Então se você tem 25 candidatos tirando mil, dois mil votos cada um e você tendo três, quatro deputados candidatos com 80, 50 mil votos, esses 25 alcançariam o quociente eleitoral.

Isso vai obrigar que os partidos façam um redesenho das estratégias partidárias, porque na medida que eles vão poder lançar menos candidatos eles precisam construir candidaturas com melhor capacidade de recrutar eleitores ao redor. Ou então precisam fazer mais fusões partidárias. 

Aqui no Amazonas nós registramos compra de votos. Esse crime eleitoral ainda pesa muito no resultado das eleições por aqui? De que forma as instituições como a polícia e o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) também foram responsáveis por esses resultados?
O que nós vimos no Amazonas foi curral eleitoral. Mais do que compra de voto, você tem esquemas montados com uma variável nova, que é o orçamento secreto. Houve um candidato a deputado federal que não tem nenhuma relação social, orgânica, política rigorosa com a cidade do interior, mas teve quatro mil votos em São Paulo de Olivença. Neste município, com quatro mil votos você coloca um candidato para disputar a eleição para prefeitura.

O que nós vimos no Amazonas foi curral eleitoral. Mais do que compra de voto, você tem esquemas montados com uma variável nova, que é o orçamento secreto.

O sujeito tem quatro mil votos ali para deputado federal e quando você vê os outros mais votados tiveram 100 votos, 150 votos. Nesses esquemas que eu te falei de orçamento. O prefeito deve um favor, o vereador deve um favor, então vai colocar todo mundo pra votar no candidato dele. 

Então o curral eleitoral funcionou. Isso é uma corrupção do sistema político eleitoral. E não parece que o Tribunal Superior Eleitoral terá  disposição para por exemplo pegar aqueles empresários que estão forçando os funcionários a votarem nos seus candidatos e condená-los. Eu gostaria de ver esses empresários saírem algemados das suas empresas, condenados. E quando você tem policiais subalternos a governadores, essa fiscalização é quase impossível. 

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Jullie Pereira

Repórter na InfoAmazonia em parceria com a Report for the World, que combina redações locais com jornalistas emergentes para reportar sobre questões pouco cobertas em todo o mundo. Jullie nasceu e...

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  1. Sabe apontar direitinho os problemas, só que que está colocando a culpa nas pessoas erradas, 30 anos centro esquerda e 4 anos incompletos da direita, da pra entender?

  2. Triste realidade criada por muitos manauaras que enquanto tem comida na mesa deles e não dependem da saúde pública, o resto que se vire. Falta de respeito com a memória dos mortos, com a Amazônia, com Deus ! Infelizmente, se acordarem, é só quando a água bater na bunda deles ! Seria ótimo se usassem seus méritos em prol daqueles que precisam, mas não é o caso da maioria dos manauaras, e os que dependem da péssima saúde pública daqui resmungam pelos cantos e descontam a raiva deles em quem não vai resolver o problema. COVID tá indo embora, mas o vírus da indiferença e da burrice extrema continua !!! Manaus precisa de DEUS URGENTE!!! 🙏🙏🙏

  3. Resumindo, Manaus tem 3 perfis predominantes de pessoas : O povo da elite, que só liga pra viagens internacionais e tamanho dos músculos; os que trabalham nos órgãos públicos e só sabem mamar na teta do governo, sejam eles de qual partido for, eles se beneficiando, tá ótimo pra eles. E os de classe mais baixa, de dependem do governo pra tudo, mas reclamam de quem faz alguma coisa para ajudá-los e estão totalmente perdidos no que é certo ou errado. Sou Amazonense, manauara, nascida em Manicoré, amo essa cidade voto a favor dos indígenas, de mim, da Amazônia e pela memória dos mortos da cidade(e detalhe, nenhum era conhecido meu). Se a maioria dos manauaras votam dando tiro no próprio pé, eu não faço isso. E independente do resultado dia 30 de outubro, meu voto é pelo AMOR e dormirei tranquila nós próximos mil anos por isso. ACORDA MANAUS !!!!!!

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