Com duas semanas de estiagem nos estados da Amazônia Legal, número de focos de calor em três estados cresce de forma acentuada. Maior alta é no Pará, 43%.
Com duas semanas de estiagem nos estados da Amazônia Legal, números de focos de calor em quatro estados crescem de forma acentuada. Maior alta é no Pará, 43%. Imagem acima captada no dia 28 de julho, mostra queimadas no eixo das rodovias Transamazônica e BR 163. (Satélites Aqua e Terra, sensor MODIS)
A proibição de queimadas por 120 dias na Amazônia, decretada pelo governo Bolsonaro, ainda não surtiu efeito nas queimadas ocorridas em quatro estados da região. Pará, Acre, Amazonas e Mato Grosso.
De acordo com o acompanhamento do INPE, na comparação entre janeiro e julho de 2020 com o mesmo período do ano anterior, estes quatro estados apresentam as seguintes altas: Pará: 43%, Acre: 33%, Amazonas: 22%, Mato Grosso: 3%.
A Amazônia Legal, entretanto, apresenta uma queda de 9% no número de focos de calor em comparação com 2019. A redução está sendo liderada pelo estado de Rondônia, onde há uma baixa de 63% nas queimadas.
O mês de julho pode ser considerado ainda ameno no “verão amazônico”, período de estiagem que se inicia em maio. Tradicionalmente os meses de agosto e setembro são os piores em termos e queimadas e desmatamento.
Até a semana passada, os municípios com os maiores focos de queimada em todo o Brasil estavam localizados no bioma Pantanal, como Poconé e Corumbá. Nesta semana, no entanto, municípios da Amazônia passaram a liderar o ranking. Nas últimas 48 horas, Apuí (AM), São Felix do Xingu e Altamira (ambos no PA), aparecem como os municípios com mais queimadas.