Doadores para campanhas eleitorais em 2024 receberam multas do Ibama estimadas, no total, em R$ 1 bilhão e estão ligados a crimes ambientais como desmatamento e garimpo ilegal na Amazônia. Eles investiram em candidatos principalmente do Sudeste e Centro-Oeste e em cidades-polo do agronegócio.
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Presidente da Câmara do Recife, Romerinho Jatobá tem R$ 17 milhões em multas ambientais em área protegida da Amazônia
Romerinho Jatobá, do PSB, foi identificado pelo Ibama como responsável por desmatamento, criação de gado e queimadas ilegais em área protegida no Pará. Ele nega.
Burocracia e recursos administrativos beneficiam família de desmatadores com multas acima de R$ 30 mi
A família Heller é ré em mais de 26 processos fiscais relacionados a crimes ambientais nas cidades de Novo Progresso e Altamira, no Pará, e Itaúba, no Mato Grosso. Apenas dois processos foram quitados, por baixa automática. As primeiras multas datam de 1999.
Campanha de Bolsonaro recebeu R$ 3,1 milhões de infratores ambientais
93 doadores da campanha do presidente foram multados em mais de R$ 300 milhões por crimes ambientais – nomes incluem alguns dos maiores doadores, como o sojicultor Oscar Cervi e o pecuarista Celso Bala; gestão Bolsonaro travou processos no Ibama e cancelou multas beneficiando infratores.
60 candidatos da Amazônia têm campanhas financiadas por desmatadores
Eles receberam um total de R$ 1,77 milhão em 8 estados. A maioria pertence a partidos da base de apoio de Bolsonaro no Congresso, com destaque para o Partido Liberal (PL) e o União Brasil. Candidato do Acre condenado por trabalho análogo à escravidão recebeu do próprio pai, preso por crime ambiental, a doação de maior valor entre todos os que concorrem na Amazônia.
98% das multas do Ibama na Amazônia estão paradas desde 2019
Estudo da Climate Policy Initiative e da WWF aponta que a paralisia ocorreu após decreto do governo que prometia agilizar pagamento de multas. Não cobrança pode elevar desmatamento.