Empresa vende lotes de território indígena como NFTs sem conhecimento da Funai, do MPF e da própria comunidade

Áreas da Terra Indígena Baixo Seruini, ocupada pelo povo Apurinã, no sul do Amazonas, foram vendidas pela empresa Nemus em projeto que promete preservar a floresta e gerar créditos de carbono. Procuradoria recomendou a suspensão do projeto em dezembro de 2022, mas a InfoAmazonia identificou que as negociações continuam na internet.

Loteamento de aldeias para projetos de carbono preocupa especialistas e defensores dos direitos indígenas

Sem mercado regulamentado no Brasil, empresas interessadas em crédito de carbono avançam sobre territórios protegidos para tentar garantir exclusividade em áreas de floresta e ignoram orientações da Funai e do MPF. Especialistas alertam sobre abusos em contratos e descumprimento de convenções internacionais sobre povos indígenas.

Escassez de água e altas temperaturas: a seca avança na Amazônia

Desde setembro, a Amazônia tem mostrado sinais de uma seca significativa. Os baixos níveis e as altas temperaturas da água são alguns dos sintomas que mais preocupam os cientistas. Embora haja relatos de mais de 150 mortes de golfinhos no Brasil, ainda não há clareza sobre a causa. Além disso, as comunidades também têm sido afetadas pela escassez de água.

Degradação pode atingir até 70% da floresta em 2050, diz pesquisador David Lapola

Cientista é o autor principal de estudo publicado pela revista Science que concluiu que 38% da floresta amazônica está degradada e projetou, pela primeira vez, qual será o nível de degradação da Amazônia no futuro – e as estimativas não são nada animadoras. A degradação da floresta provocada por ação humana está entre as principais fontes de emissão de carbono.

‘Pseudociência intencional’: o método da extrema-direita para fazer você acreditar que mudanças climáticas não existem

O cientista Ricardo Galvão, que acaba de assumir a presidência do CNPq, e outros cientistas explicam como hipóteses científicas são usadas de forma distorcida para enganar o público e avançam rapidamente nas plataformas digitais. YouTube, que não tem política sobre conteúdos negacionistas do clima, desmonetizou vídeos enviados pelo projeto Mentira Tem Preço.