Foi tecida uma complexa rede de atores em torno dos minerais críticos da Amazônia. Alguns operam em corredores fluviais disputados, negociando com organizações guerrilheiras e forças da ordem corruptas. Outros, sob uma fachada de legalidade, movimentam grandes quantidades de material através de enormes cidades portuárias conectadas às rotas do comércio internacional, em uma série de operações que põem em risco o meio ambiente e a soberania dos países.
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A oportunidade de Chorrobocón: a aposta nos minerais críticos
Nas florestas colombianas, onde o verde profundo da Amazônia se choca com a pobreza e a marginalização, prospera um negócio oculto e perigoso. Nos recantos remotos de Guainía, comunidades indígenas como os Puinave estão presas ao garimpo ilegal, uma atividade que lhes permite sobreviver, mas ameaça destruir a terra que habitam. Com o declínio do ouro, os minerais estratégicos surgem como uma promessa de futuro. No entanto, essa nova corrida por minérios, que promete ser menos poluente que a mineração de ouro, pode acarretar enormes riscos ambientais e sociais.
O preço do progresso: o lado sombrio dos minerais críticos na Amazônia
A partir de extenso trabalho de campo e da investigação das cadeias de fornecimento, rastreando minerais desde a extração até compradores internacionais, revelamos como a corrida global pelos insumos da transição energética intensifica disputas violentas na fronteira colombo-venezuelana, onde grupos armados controlam o território, praticam abusos sistemáticos e destroem um dos principais sumidouros de carbono do planeta.
Políticos e criminosos lutam pelos recursos de região ocupada pelo Comando Vermelho no Peru
Madre de Dios, região no sudeste do Peru, fronteira com o Acre, é reflexo de um padrão: na região, a riqueza do ouro e a pobreza coexistem com autoridades que defendem negócios particulares, enquanto as facções impõem sua lei e o ouro flui para os mercados internacionais, deixando um ciclo interminável de violência e devastação em seu rastro.
Amazônia sob ataque: 67% dos municípios têm a presença de facções criminosas
Pelo menos 662 de um total de 987 municípios amazônicos em seis países (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela) enfrentam a presença de facções criminosas e grupos armados.
O Estado da coca
Quatro caminhonetes brancas sem identificação correm por uma paisagem de plantações verdes brilhantes, passando por lamaçais em estradas sinuosas no meio da floresta. Ao fazer uma curva acentuada, o comboio atrai olhares preocupados de uma família inteira reunida em uma casa de madeira decorada com serpentinas de aniversário – o clima de festa é repentinamente abalado. As motocicletas param bruscamente e as crianças ao longo da estrada observam com olhos arregalados e temerosos.
Tudo pelo ouro: migração e violência na fronteira Brasil-Colômbia-Venezuela
Ao longo do rio Negro, a artéria que liga a Colômbia, a Venezuela e o Brasil na Amazônia, inúmeros povos indígenas e várias comunidades ribeirinhas sobrevivem em meio ao garimpo e aos grupos armados, dois poderes de fato que dominam essa região com o peso de um metal nem um pouco nobre: o chumbo.
Dissidentes das Farc chegam ao extremo Leste da Venezuela e controlam região
Os habitantes de Santa Catalina, na Amazônia venezuelana, já foram dormir, mas pelo menos oito rajadas de tiros interrompem seu sono. Os novos colonos estão abrindo caminho em uma região selvagem que, de acordo com os antigos colonizadores, estava destinada a ser a província mais produtiva das Américas.
Seguindo as pegadas do contrabando de tartarugas e seus ovos na Amazônia boliviana
Por Eduardo Franco Berton* Quando o véu da escuridão envolve a floresta, homens armados com rifles Marlin calibre .22 entram determinados a perseguir suas presas. E uma vez que a bala atinge seu alvo, o animal cai ferido na água e nada até a costa, onde sangra até a morte. “Se eles não a pegarem […]
Criminosos colombianos e equatorianos estendem sua influência pela Amazônia
Comunidades indígenas, afrodescendentes e outras comunidades tradicionais estão envolvidas na escalada de violência do tráfico de drogas no “corredor da cocaína” da Amazônia.