Coleção de livros disponível em formato digital é fonte de informação para pesquisadores sobre a biodiversidade local.

Ictiofauna do rio Madeira
O rio Madeira, na bacia do rio Amazonas, possui uma das mais ricas ictiofaunas do mundo. (foto: Eduardo Duarte / Flickr / CC BY-ND 2.0)


Cercado pela floresta amazônica por todos os lados, o rio Madeira possui uma das ictiofaunas mais diversas do planeta. Grande parte desta variedade pode ser agora consultada na coleção ‘Peixes do rio Madeira’, disponível gratuitamente no formato digital  em PDF ou em aplicativo para iOS. A obra foi realizada e lançada pela Santo Antônio Energia em parceria com a Universidade Federal de Rondônia, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, o Instituto de Estudos e Pesquisas Agroambientais e Organizações Sustentáveis e a Universidade Federal do Amazonas.


Ao todo, cerca de 60 pesquisadores das instituições colaboradoras participaram da catalogação. Todas as espécies catalogadas estão conservadas no prédio de Coleções Zoológicas e Laboratórios Integrados, na Universidade Federal de Rondônia. De acordo com Abbad, a obra pode ser considerada uma realização única no campo da ictiologia, pois destaca um grande número de espécies e reúne informações completas sobre elas, configurando uma excelente e prática fonte para consultas.
Para ampliar o conhecimento sobre o curso d’água que margeia a capital rondoniense, a Santo Antônio Energia, empresa responsável pela instalação da hidrelétrica Santo Antônio, no rio Madeira, criou o Programa de Conservação da Ictiofauna. “Desde 2008, os pesquisadores coletaram periodicamente exemplares de peixes em toda a bacia do rio Madeira para a realização do monitoramento”, conta Guilherme Abbad, gerente de sustentabilidade da empresa. “Eles identificavam os exemplares e anotavam as características. Houve também a revisão taxonômica para verificar se a espécie era endêmica da região”.

A ideia de publicar a pesquisa simultaneamente em formato impresso e digital foi ampliar o alcance da obra. “O aplicativo facilita a rotina dos estudiosos, já que a coleção é muito rica; possui três volumes em mais de mil páginas, o que acaba tornando difícil o manuseio em campo, por exemplo”, ressalta Abbad. Para ter acesso ao banco de dados é necessário estar conectado à internet.

 

O gerente destaca, ainda, que o conhecimento da biodiversidade local é essencial para que decisões mais acertadas sejam tomadas e as espécies, conservadas. “Nosso intuito é de que o livro se torne uma útil ferramenta para a comunidade acadêmica e pesquisadores da área. Estamos investindo na geração de conhecimento e contribuindo com a formação de jovens cientistas”, encerra.

– Esta matéria foi originalmente publicada no Ciência Hoje e é republicada através de um acordo para compartilhar conteúdo.

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