O protesto continua em Atalaia do Norte. Os indígenas estão envolvidos em conflitos que resultaram nas mortes de dois Matís e ao menos nove Korubo, em 2014.
A ocupação de cerca de 100 índios, entre eles 62 da etnia Matís, da sede da Coordenação Regional do Vale do Javari da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Atalaia do Norte (AM), completa nesta terça-feira (26) uma semana sem negociação. A principal reivindicação dos indígenas para acabar com o protesto, a exoneração do coordenador Bruno Pereira, não foi aceita pela Presidência da Funai.
Em nota enviada à agência Amazônia Real, a Funai se diz surpresa com relação à ocupação, uma vez que está mantendo um diálogo aberto com os Matis. “Não haverá mudança do titular da Coordenação Regional do Vale do Javari, diante da situação de ocupação da coordenação”, afirmou a fundação, que é presidida pelo ex-senador João Pedro Gonçalves (PT).
Os Matís reagiram. O representante da Associação Indígena Matís (Aima), Markê Turu, 30, disse à reportagem que a ocupação vai continuar.
“Se o Bruno não sair vai ficar ruim de ele continuar trabalhando, porque eles sempre precisam dos Matís para ser intérprete dos Korubo. Não queremos que ele continue”, disse a liderança.
Com flechas em punho, os Matís retiraram Bruno Pereira à força do prédio da coordenação em Atalaia do Norte (a 1.338 quilômetros de Manaus) no dia 19 de janeiro. Ele está à frente do cargo há cinco anos. Os indígenas dizem que estão insatisfeitos com a forma com a qual o funcionário e os demais servidores da Funai atuam na intermediação de conflito interétnico com índios isolados da etnia Korubo.
O conflito começou no final de 2014 com as mortes de dois Matís por Korubo. Conforme a reportagem da Amazônia Real apurou, os Matís revidaram, atacando ao menos nove Korubo. Três índios isolados sobreviveram com ferimentos por arma de fogo. Os Matís se armaram prometendo mais vingança, em outubro de 2015. O coordenador Bruno Pereira prometeu desarmar os Matís com apoio da Polícia Federal, daí a revolta desse povo contra o servidor.
Markê Turu disse à reportagem que o coordenador Bruno Pereira ameaçou os Matís. “Estamos sendo ameaçados pela própria Funai e queremos viver em paz. O presidente da Funai deve ajudar nós. Nós que colaboramos com a Frente de Proteção dos índios isolados. Eles não levam isso em consideração. Fica difícil dizer que estamos bem”, afirmou.
Ele também afirmou que o coordenador tenta impedir que os Matís tenham contato com outros povos do Vale do Javari, especialmente os que já têm atuação mais consolidada no movimento indígena.
“Somos um povo de recente contato. A maioria de nossos parentes não sabe se expressar em português. Eles entendem, mas não sabem falar. Por isso que precisamos da ajuda dos outros povos. Mas a Funai quer isolar nós dos outros. O coordenador está nos dividindo. Se continuar, coloca em risco de fazer guerrear entre nós”, afirmou.
Funcionários da Funai ouvidos pela reportagem afirmam que depois do revide, os Korubo não querem mais contato com os Matís.
A ocupação da sede da Coodenação Regional da Funai do Vale do Javari, em Atalaia do Norte, recebe apoio de índios das etnias Mayoruna, Kanamari e Marubo. A reportagem apurou que o coordenador Bruno Pereira, que tinha paradeiro incerto na semana passada, agora está na região do município de Tabatinga, no Alto Solimões, onde a Funai tem também uma coordenação regional. Em Tabatinga há uma representação do Ministério Público Federal, que está monitorando a ocupação dos indígenas em Atalaia do Norte.
Na nota enviada à reportagem, a Presidência da Funai afirma acreditar no diálogo como solução pacífica para o conflito entre as etnias Matís e Korubo. E lembrou que, em dezembro de 2015, o presidente João Pedro Gonçalves, o diretor de Proteção Territorial da Funai, Walter Coutinho Júnior, e o Coordenador Geral de Índios Isolados e Recém Contados, Carlos Travassos, estiveram reunidos com um grupo de lideranças Matis, em Brasília, durante a 1ª Conferência Nacional de Política Indigenista.
Na ocasião, segundo a Funai, todos os presentes reconheceram a importância de dialogar para se chegar a um entendimento sobre a situação na região.
“Foi acertado, atendendo a um pedido dos Matís e outros povos do Vale do Javari, uma agenda do presidente e demais representantes da Funai na região, prevista para acontecer em fevereiro próximo, a fim de se estabelecer ações prioritárias, concluir as conversações iniciadas em Brasília e definir encaminhamentos a serem adotados”.
Questionada se essa agenda estava mantida, a assessoria da Funai respondeu que “a ida do presidente à região, agendada para fevereiro, está sendo reavaliada diante da ocupação”.
Univaja apoia protesto dos Matís
Em Manaus, o protesto do Matís levou o presidente da Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari), Paulo Barbosa da Silva, 37, da etnia Marubo, a se posicionar em reunião da Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira). Em entrevista nesta segunda-feira (25) à Amazônia Real, Paulo Marubo, como é mais conhecido, disse que Carlos Travassos (Coordenador Geral de Índios Isolados e Recém Contados) lhe confirmou por telefone que Bruno Pereira não será exonerado.
“Sendo assim, a ocupação vai aumentar. Não confiamos mais na fala do presidente da Funai. Encontrei com ele em agosto de 2015, no Rio de Janeiro, no Museu do Índio. Convidei ele para visitar o Vale do Javari. Nunca um presidente da Funai visitou nossa terra. Os Matís se reuniram com ele dezembro e haviam dado um prazo até o dia 20 de janeiro para mudar a coordenação. Isso não aconteceu. Eles decidiram ocupar. A mobilização então é de todo o Vale do Javari, não apenas dos Matís”, afirmou Paulo Marubo.
Conforme a Amazônia Real apurou, a permanência de Bruno Pereira deve atrair mais indígenas à sede da Coordenação do Vale do Javari em Atalaia do Norte. Segundo Paulo Marubo, outras lideranças “devem descer” (das aldeias pelos rios) até a sede do município para reforçar o protesto.
“Já que começamos, vamos até o final. Não vamos desistir. Vamos pedir para outras lideranças descerem. Vai aumentar. A tendência é chegar mais liderança”, disse Paulo Marubo.
Conflito interétnico é grave
Na Terra Indígena Vale do Javari, que possui 8,4 milhões de hectares localizada na região de Atalaia do Norte, no extremo oeste do Amazonas, na fronteira com o Peru, vivem cerca de 5 mil indígenas. Alguns são de contato permanente: Matís, Marubo, Kanamari, Kulina Pano, Mayoruna (também chamados de Matsés) e Tsohom Djapá – este pertencente a duas famílias linguísticas, Pano e Katukina. O povo Korubo é considerado isolado, apesar de um pequeno grupo ter sido contatado em 1996 pela Funai. O órgão estima que no Vale do Javari há pelo menos outros 16 grupos isolados. A situação de saúde entre as etnias é vulnerável pela incidência de doenças como gripe, malária e hepatite. Paulo Marubo diz que, apesar da presença de equipe de saúde, o atendimento sofre com falta de medicamentos.
De acordo com a Coordenação Regional da Funai, os índios isolados Korubo permaneciam em situação de isolamento e eram monitorados pela Frente Etnoambiental Ituí-Itaquaí do Vale do Javari, em Atalaia do Norte (AM), fronteira com o Peru, até o início dos anos 90.
Em 1996, os sucessivos conflitos com mortes de índios e não-indígenas, além das ameaças de invasão das terras por madeireiros e pescadores da região, levaram o sertanista Sydney Possuelo a realizar uma expedição na qual foi efetivado o primeiro contato com os índios Korubo. Eles falam uma língua do tronco linguístico Pano, o mesmo dos Matís, que foram os intérpretes dos diálogos do contato de um grupo denominado “da Mayá”, um índia Korubo.
Depois do contato do sertanista Sydney Possuelo, o “grupo da Mayá” passou a se estabelecer à margem do rio Ituí, onde a Funai mantém um posto de vigilância e monitoramento dos grupos isolados.
Dezoito anos depois, outro grupo de Korubo apareceu na aldeia Massapê, onde vivem os índios Kanamari realizando o segundo contato. Um homem e uma mulher, acompanhados de quatro crianças, formalizaram diálogos.
No dia 10 de setembro de 2014, a Funai informou que os índios recém-contatados foram abrigados na base de Proteção Etnoambiental Ituí-Itaquaí. Eles foram vacinados por funcionários da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) na aldeia Massapê.
De acordo com a Funai, a população de índios Korubo contatados era de 33 pessoas. Mas, haveria outros grupos da etnia em situação de isolamento.
No dia 05 de dezembro de 2014, dois Matís, Dame e Ivan, foram mortos por um outro grupo de ao menos seis Korubo. O ataque aconteceu no roçado da aldeia Todowak, no rio Coari. Na ocasião, os Matís prometeram se vingar com um revide. Depois, eles negaram que houve confronto com os Korubo.
A reportagem da Amazônia Real entrevistou à época (veja aqui) o coordenador Geral de Índios Isolados e Recém Contatados, Carlos Travassos. Ele classificou o ataque dos Korubo aos Matís como uma quebra de protocolo entre as duas etnias da Amazônia.
“Na memória dos Matís sempre ocorreu uma situação oposta. Os Matís que atacavam os Korubo. Os Matís sempre roubaram as mulheres dos korubo, mas isso (mortes) nunca ocorreu”, disse Travassos.
Segundo Carlos Travassos, os dois Matís mortos, Dame e Ivan, eram lideranças respeitadas. “Ivan participou de contatos com os índios Korubo por vários anos”, afirmou coordenador, na época.
Em nota enviada na mesma ocasião (dezembro de 2014), à reportagem, a Univaja disse que após o ataque dos Korubo, 30 guerreiros Matís partiram para a selva a fim de revidar as mortes, numa ação classificada pela organização como um confronto interétnico motivado por “grande revolta” e resultado do descaso da ação indigenista da Funai na região do Vale do Javari.
Na mesma época, a Funai negou a ocorrência de revide dos Matís contra os Korubo. Segundo Carlos Travassos, os Matís estavam reunidos por conta do luto das lideranças. “Não há informações sobre revide ao ataque”, disse.
No final de setembro de 2015 foi registrado o terceiro contato entre as duas etnias. O novo encontro foi divulgado pela Funai somente no dia 19 de novembro do ano passado. Segundo o órgão, os Matís empreenderam diálogos com um grupo de 21 Korubo, mas se sentiram ameaçados (leia mais aqui).
No mesmo dia da divulgação do contato pela Funai, 19 de novembro de 2015, o jornalista Felipe Milanez publicou matéria (leia aqui) na revista Carta Capital sobre o conflito dos Matís com os Korubos. O jornalista apurou que de 7 a 15 Korubo morreram em ataque dos Matís.
Em resposta a Felipe Milanez, a Funai confirmou a informação, mas disse que o número de mortes de Korubo seria menor (leia a nota completa). “Noutro momento, relataram [os Korubo] como foi o revide dos Matís e informaram que pelos menos oito mortes”, diz. O motivo do confronto entre as etnias ainda é apurado pelo órgão. Foram os Korubo contatados que revelaram também o motivo do ataque deles aos índios Matís, Dame e Ivan. “Foram motivadas pela morte de uma criança recém-nascida por doença e por recusa dos Matís em entregar os bens da família”, diz a nota.
A partir daí se tornou comum a presença dos índios isolados Korubo nas aldeias Matís. Mas, o clima de tensão entre os dois povos, que já tinham disputas históricas, mudou a rotina das aldeias (leia mais) no início de 2016. A Funai diz que os Korubo estão em segurança, mas não explicou se pediu reforço policial.
Matís confirmam o revide aos Korubo
No último dia 20 de janeiro de 2016, os Matís enviaram ao presidente da Funai, João Pedro Gonçalves, uma carta justificando a ocupação da sede de Atalaia do Norte. No documento, do qual a Amazônia Real teve acesso, eles relatam as reivindicações e reconhecem, pela primeira vez, que atacaram também os índios isolados Korubo depois das mortes das lideranças Dame e Ivan. No entanto, os Matís não citam o número de Korubo mortos no chamado revide ou vingança do Vale do Javari.
Diz um trecho da carta: “O povo Matís reconhece seus erros de terem se confrontado com os Korubo, e que não irão mais tomar qualquer atitude hostil com restante dos Korubo que estão permanentemente nas redondezas das aldeias, assim pede que a Funai também reconheça a chacina cometida pela própria Funai nos anos 1973 a 1974 quando o sertanista Jaime morreu abordunada pelos Korubo no antigo Frente de Atração Marubão”, destacam eles, lembrando de um conflito com não indígenas.
Ainda na carta, os Matís dizem que “a falta de monitoramento desses isolados resultou em conflitos entre Korubo e Matís, questão que tirou o foco da atenção em outras situações como a invasão dos pescadores nessa região dominado pelos isolados e de outras atribuições da Funai no âmbito do Javari”.
De acordo informações apuradas pela Amazônia Real, no revide os Matís atacaram os Korubo com arma e fogo. Cerca de três índios isolados sobreviveram ao ataque, mas tinham ferimentos de chumbo pelo corpo, o que leva crer que a armas usada pelos Matís seria espingardas e não fechas.
“Matís estão arrependidos”, diz Marubo
Na entrevista concedida à Amazônia Real, o presidente da Univaja, Paulo Marubo comentou pela primeira vez sobre a vingança entre as etnias. Ele disse que os Matís estão arrependidos e reconhecem que cometeram um erro.
Paulo Marubo afirma que o conflito com morte entre as etnias, em parte, foi provocado pela maneira como a Funai atuou após o contato do grupo de Korubo em setembro de 2014 na aldeia Massapê.
Segundo ele, este grupo, formado por seis pessoas, foi enviado por equipes da Funai e da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) para a base da Frente Etnoambiental Vale do Javari para receber atendimento de saúde. Um dos Korubo estava com malária e outro com pneumonia.
Paulo disse que o grupo ficou na base da Frente Etnoambiental e, posteriormente, enviado para a aldeia onde vive Mayá, principal liderança Korubo contatada em 1996. “No mesmo período, os demais Korubo acharam que, após tanto tempo afastado, o grupo atendido pela Funai havia sido morto pelos Matís”, disse Paulo Marubo.
O presidente da Univaja afirma que o grupo vivia muito próximo dos Matís. “Eles foram até a roça dos Matís e mataram os dois homens. Mataram com cacete. Um terceiro Matís correu e avisou. Daí, no mesmo dia, os Matís foram lá e vingaram. Segundo os Korubo, nove deles morreram. Eles contaram isso para a Funai. Quem fez a tradução foram os Korubo que vivem no grupo da Mayá, pois alguns dos contatados falam português”, afirma.
Para Paulo Marubo, este confronto é um exemplo do que pode se repetir nos próximos contatos caso a Funai não mude sua forma de atuar junto aos isolados. “A Funai tem a visão dela, da maneira que entende. Mas a gente entende da nossa maneira. A gente quer evitar atrito. Mas para isso, a gente quer trabalhar junto”, disse.
Índios têm deixado o isolamento
Nos últimos três anos, a presença de índios isolados do Vale do Javari tem aumentado, segundo a Univaja. Muitos aparecem nas proximidades das aldeias e das malocas, fazendo visitas nas áreas, sendo vistos por mulheres indígenas de povos já contatados, ou pegando produtos dos roçados.
Essa presença tem sido constante não apenas entre os Korubo que circulam na área onde também vivem os Matís. Há também relatos de isolados em outras aldeias de todo o território do Vale do Javari.
Paulo Marubo conta que em julho de 2014, um pequeno grupo de isolados foi visto nas proximidades da aldeia Maronal, onde ele vive. O presidente da Univaja acha que estes indígenas vistos regularmente em Maronal são do próprio povo Marubo que optaram por permanecer isolados até então, mas que agora estão “aparecendo”. Marubo disse que não sabe dizer o motivo, pois nunca houve diálogo entre eles.
“Quando foram vistos em julho de 2014, a gente comunicou para a Funai local em Atalaia e para Brasília. A Funai sequer se manifestou. Hoje estão (os isolados) começando a aparecer de novo. Estive em dezembro passado na minha aldeia e muitas mulheres os viram na roça, de noite. Eles pegavam banana. A gente acha que é do nosso povo, mas isolado”, disse.
Segundo Paulo Marubo, a presença de isolados tem aumentado nas aldeias já contatadas e isto precisa ser levado em consideração pela Funai e nas formulações de novas estratégias de como se fazer o contato. Ele afirma que o receio é que mais conflitos, desta vez com outros povos, possam ocorrer.
“O nosso medo é que isso (conflito) volte a se repetir. São 55 aldeias no Vale do Javari. Há três anos, a população de isolados começou a aparecer com mais frequência em todas as aldeias da terra indígena, até mesmo fora, na área do rio Juruá. Não apenas entre os Matís. Isso nunca tinha acontecido. A gente fez um documento alertando para que o Estado tomasse providências. A Funai diz para os indígenas que não tem que entrar em conflito. Só que para não gerar esse conflito, o Estado tem que preparar as pessoas, capacitar os próprios indígenas. Isso que a gente quer”, disse Paulo Marubo.
Ele diz que é preocupante o quadro reduzido de funcionários da Funai que atuam no Vale do Javari. Diz que também já estão “cansados” de ouvir dos coordenadores e dos dirigentes da Funai sobre as dificuldades financeiras do órgão e da falta de estrutura.
“A gente pediu que fosse criado um posto de vigilância para não ter conflito interétnico. Talvez a Funai estando lá, controlaria a circulação não dos isolados, mas dos contatados. Quando comunicamos das outras vezes, o Carlos Travassos disse que os isolados que apareciam eram os jovens que estavam interessados em conhecer outras áreas. Eu acho que é outra coisa. Que está aumentando a população deles. Vão crescendo, vão circulando em outras áreas e territórios”, disse.
Paulo Marubo diz que, um outro contato com os Korubo, desta vez feito pelos Matís em setembro de 2015, foi justamente para evitar conflito. “Os Matís queriam se aproximar deles, fazer amizade, ensinar como se faz roça. Mas a Funai não quer, não deixa. Disseram para os Matís que são os Korubo que têm que decidir se fazem ou não contato. Acontece que os Korubo estão sempre próximos. São vizinhos”, disse.
Embora não haja estimativa populacional dos Korubo, Paulo Marubo conta que, com base em sobrevoo nas áreas das malocas deste povo, ele acredita que sua população é de 400 pessoas.
“Os Korubo vivem na área central do Vale do Javari. Ele não têm material para fazer roçado. A vida deles é fazer roça pequena, que não dura dois anos. Eles são nômades, não têm um local fixo. Ficam mais coletando e caçando. Por isso que eles pegam as coisas dos roçados dos Matís, pois são vizinhos”, explicou.
– Esta matéria foi originalmente publicada no Amazônia Real e é republicada através de um acordo para compartilhar conteúdo.
Boa tarde
Tem estagiário indígena por aí !!.
“De acordo informações apuradas pela Amazônia Real, no revide os Matís atacaram os Korubo com arma e fogo. Cerca de três índios isolados sobreviveram ao ataque, mas tinham ferimentos de chumbo pelo corpo, o que leva crer que a armas usada pelos Matís seria espingardas e não fechas.”
espingarda como borduna e “”fechas”” ?.
abraços