Em Agosto foram apreendidos um quilo de ouro, transportado em duas embarcações, quatro dragas e uma voadeira (barco), usadas para extração do minério em um garimpo ilegal, instalado no Rio Boia, numa região fora dos limites da UC.
A equipe da Reserva Extrativista (Resex) do Rio Jutaí acaba de divulgar balanço da Operação Hidra, iniciada no fim de julho e encerrada na semana passada, para combater garimpo ilegal e outros crimes ambientais no interior e entorno da unidade de conservação (UC), gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no Amazonas.
Segundo os agentes de fiscalização, foram apreendidos um quilo de ouro, transportado em duas embarcações, quatro dragas e uma voadeira (barco), usadas para extração do minério em um garimpo ilegal, instalado no Rio Boia, numa região fora dos limites da UC.
Ao todo, foram lavrados 14 autos de infração no interior da Resex e outros quatro na área do entorno. Somadas, as multas atingiram pouco mais de R$ 29 milhões. Já os bens apreendidos foram avaliados em R$ 2,2 milhões. O ouro foi entregue à Coordenação Regional 2, do ICMBio, para ser repassado à Polícia Federal.
Além de desbaratar o garimpo, os agentes de fiscalização encontraram 39 quelônios (animais com caso), sendo transportados por caçadores clandestinos. O grupo foi autuado e os animais soltos. Além disso, os servidores apreenderam 18 m3 de madeira, doados posteriormente a famílias da região.
O coordenador da operação, o agente de fiscalização Helder Costa de Oliveira, disse que o garimpo ilegal vinha causando muitos problemas tanto no Rio Boia como no Rio Jutaí. “Diversos moradores, inclusive indígenas, reclamavam da alteração da coloração da água dos rios e também se queixavam de dores abdominais devido ingestão de água após a instalação do garimpo no local”.
Não bastassem esses problemas, o garimpo, segundo Oliveria, provocava assoreamento das margens dos rio Jutaí e Bóia, além de contaminação e morte de peixes e outros animais.
Afora os agentes do ICMBio, participaram da operação servidores do Ibama e policiais militares do Estado do Amazonas (Batalhão Ambiental) e do município de Tefé (AM), que fica bem próximo à Resex.