Representantes dos povos Paumari do rio Tapauá, Jamamadi e Apurinã estão na capital federal para falar sobre suas experiências em gestão territorial e ambiental.
A premiada experiência do manejo sustentável de pirarucu realizada pelo povo Paumari será apresentada nesta quinta-feira, em Brasília, no Ministério da Pesca e Aquicultura, pelos próprios indígenas com apoio da Federação das Organizações e Comunidades Indígenas do Médio Purus (Focimp) e da Operação Amazônia Nativa (OPAN). Durante o evento, também serão discutidas outras iniciativas de gestão territorial desenvolvidas na região pelos povos Jamamadi e Apurinã.
Na última semana de agosto, os Jamamadi e os Apurinã lançaram oficialmente na cidade de Lábrea seus planos de gestão territorial, ferramentas que expressam acordos internos das comunidades, definem ações prioritárias seu e bem-estar, além de orientarem politicamente o relacionamento dos indígenas com os demais atores sociais em consonância com a Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI), instituída pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) em junho de 2012.
Os Paumari lançarão, ainda, o livro “A experiência de gestão territorial e manejo pesqueiro nas Terras Indígenas Paumari do rio Tapauá”, que conta a trajetória do povo Paumari no fortalecimento de sua organização social e o histórico de sua relação com parceiros estratégicos até o reconhecimento do sucesso da pesca manejada do pirarucu como instrumento de gestão.
O manejo pesqueiro do povo Paumari recebeu, em maio deste ano, o Prêmio Nacional da Biodiversidade pelo MMA e também foi reconhecido como Tecnologia Social pela Fundação Banco do Brasil, em agosto.