Ministérios de Defesa e o do Meio Ambiente assinam acordo para compra de imagens de radar orbital, capaz de ter nitidez mesmo com tempo nublado.

30122012-ceu-nubladoCéus nublados não serão um problema para o novo sistema de radares. Foto: lesantaCéus nublados não serão um problema para o novo sistema de radares. Foto: lesanta

O Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Defesa assinaram ontem um acordo (21) que promete tornar mais dura a vida dos desmatadores ilegais da Amazônia. Com dinheiro do Fundo Amazônia e da união, os dois ministérios anunciaram a compra de imagens de um radar orbital que permitirá o monitoramento de parte da floresta amazônica mesmo durante as chuvas.

O monitoramento ficará a cargo do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), do Ministério da Defesa. Além de detectar o corte ilegal de vegetação, o radar também será usado pela Defesa para monitorar a existência de garimpos ilegais e pistas de pouso clandestinas utilizadas pelo narcotráfico.

O projeto coordenado pelo Censipam se somará ao trabalho já realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que coordena o Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter).

As análises de desmatamento geradas pelos dois órgãos (agora mais consistentes) subsidiarão o trabalho de fiscalização das equipes do Ibama em campo.

Antes, o monitoramento ficava prejudicado durante o período de chuva na Amazônia — entre outubro e abril –, pois o DETER não consegue “enxergar” mudança no solo com a presença de nuvens.

Agora, em pelo menos 950 mil quilômetros quadrados da região amazônica, as nuvens não serão mais problemas. O monitoramento com o novo radar abrangerá uma área de 17% do total da Amazônia Legal, justamente na faixa intitulada arco do desmatamento, onde a expansão da agricultura e pecuária ameaça a floresta.

O pacote de imagens do novo radar custou R$ 80,5 milhões de reais. Desse total, R$ 63,9 milhões vieram do Fundo Amazônia e o restante é proveniente do orçamento da União.

– Esta matéria foi originalmente publicada no OEco e é republicada através de um acordo para compartilhar conteúdo.

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