Nove policiais e três fiscais foram surpreendidos por um grupo armado, na tentativa de impedir a apreensão e a retirada de maquinário utilizado na exploração ilegal de madeiras na terra indígena Karipuna.
Nove policiais do Batalhão Ambiental de Rondônia e três fiscais foram surpreendidos por um grupo armado na tarde da última quinta-feira (28), na região de União Bandeirantes, distrito localizado dentro do município de Porto Velho. Segundo o Ibama, cerca de 60 pessoas cercaram os agentes, na tentativa de impedir a apreensão e a retirada de maquinário utilizado na exploração ilegal de madeiras na terra indígena Karipuna.
A operação Onda Verde combate o desmatamento ilegal na floresta amazônica e estava no local após identificar desmate na terra indígena. O grupo localizou uma área explorada recentemente e tentavam encontrar os tratores e caminhões escondidos na floresta. Foram surpreendidos por um grupo de cerca de 60 de pessoas, algumas armadas. A tensão durou 3 horas e só cessou com a chegada do helicóptero do Ibama.
A Polícia Federal abrirá uma investigação para apurar o ocorrido. De acordo com o Ibama, alguns infratores já foram identificados e poderão responder por furto, roubo, receptação, associação criminosa, dano ao patrimônio público, ameaça, desacato e danos/destruição da floresta nativa.
Para Renê Luiz de Oliveira, superintendente do Ibama em Rondônia, “não serão medidos esforços para combater os crimes ambientais naquela região e qualquer tipo de retaliação ou ameaça será apurada e os agentes devidamente punidos”.
Ainda segundo o órgão, a operação Onda Verde vai continuar na região, agora contando com o reforço da Força Nacional de Segurança.
Campeão estadual de desmate
O distrito de União Bandeirantes, onde o confronto aconteceu, é responsável pelos maiores índices de desmatamentos ilegais no estado de Rondônia dos últimos cinco anos. A destruição desse ponto da floresta estacionou Porto Velho entre os 10 maiores municípios desmatadores do país.
*Com informações da assessoria de imprensa do Ibama.
– Esta matéria foi originalmente publicada no O Eco e é republicada através de um acordo para compartilhar conteúdo.