Uma equipe de fiscalização do Ibama foi atacada a tiros no dia 16 de outubro por criminosos que roubavam madeira da Terra Indígena Arariboia, no município de Arame, no Maranhão. Um agente foi ferido.
O agente ambiental federal Roberto Cabral, que coordenava a operação, foi atingido no braço direito por um tiro de espingarda. O coordenador usava colete à prova de balas. Ele recebeu atendimento médico no município de Imperatriz (MA) e foi liberado.
A tentativa de homicídio é investigada pela Polícia Federal (PF). A equipe do Ibama sobrevoava o local quando avistou três caminhões e um trator usados para extração ilegal de madeira. Perseguidos pelo grupo de fiscalização, os madeireiros abandonaram os veículos e se esconderam na floresta. Os agentes aterrissaram o helicóptero e se aproximaram do local por terra, quando sofreram o atentado. Houve troca de tiros.
“Isso comprova que não são trabalhadores. São criminosos que estão roubando madeira e se dispõem a matar para continuar a atividade ilegal. O Estado brasileiro não aceitará isso. A ação do Ibama será intensificada”, disse o coordenador, que passará por novos exames em Brasília.
A fiscalização vem atuando na Terra Indígena paralelamente à equipe do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Ibama (Prevfogo), que trabalha com 222 pessoas para combater um incêndio que já destruiu cerca de 40% da área de proteção ambiental. Além da extração ilegal, madeireiros são suspeitos de atear fogo na floresta em represália à fiscalização federal. “Sem dúvida há relação entre o incêndio e a atividade madeireira”, disse Cabral.
O Ibama atua no combate ao incêndio com 123 brigadistas, dos quais 58 são indígenas. Fundação Nacional do Índio (Funai), Exército, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar do Maranhão e Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, apoiam a operação.