Quase todo o território que deveria ser protegido é sobreposto por registros feitos no Cadastro Ambiental Rural. Em menos de três anos, cerca de 11% da TI foi desmatada.
Guilherme Guerreiro Neto é jornalista baseado em Belém, Pará. Colaborador do InfoAmazonia, foi repórter dos especiais Engolindo Fumaça e Amazônia Sufocada. Atuou em duas edições do projeto de fact-checking Truco Eleições, da Agência Pública, em parceria com o Portal Outros400, de Belém. É mestre em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e doutorando em Ciências: Desenvolvimento Socioambiental pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (NAEA/UFPA).
Invasão de terras indígenas no Xingu paraense impulsiona queimadas
Territórios registram altos números de focos de calor em setembro, após área desmatada mais que dobrar em 2019. Com presença crescente, invasores apostam na regularização da ocupação, inclusive loteando áreas dentro dos limites indígenas.
Fogo avança em reserva de pesca esportiva no extremo sul do Pará
O incêndio dura mais de três semanas, sem apoio do Estado no combate. Pousada mantida em 600 hectares preservados teve toda área florestal destruída.
Pecuária torna área protegida no Xingu campeã das queimadas
Metade das queimadas em unidades de conservação está em APA paraense que fica no município com o maior rebanho bovino do país. Proximidade com a APA é fator de pressão sobre Esesc da Terra do Meio, segunda colocada em número de focos entre as UCs de proteção integral.
Cidade do ‘dia do fogo’ tem dias de protesto Kayapó
Indígenas bloqueiam BR-163 reivindicando assistência de saúde e proteção dos territórios. Perto dali, queima a Floresta Nacional do Jamanxim, unidade de conservação com mais focos de incêndio na Amazônia.