Com Plano de Manejo recém saído do forno, unidade de proteção integral de Roraima está pronta para receber estudantes e cientistas.

A Unidade de Conservação possui a maior parte de sua área coberta por florestas de terra-firme. Destas, cerca de 60% são flo­restas sempre verdes e os 40% restantes flo­restas decíduas e semidecíduas. Foto: Benjamim da Luz.

Paisagem da Estação Ecológica de Maracá, em Roraima. Foto: Benjamim da Luz.

A Estação Ecológica de Maracá, em Roraima, teve seu plano de manejo divulgado no começo do ano e está pronta para receber e ajudar a formar pesquisadores. Para padrões amazônicos, a unidade é de fácil acesso e está a 135 km de Boa Vista, a capital do estado, o que significa duas horas e meia a 3 horas de estrada, dependendo do tempo. Metade do percurso está asfaltado. Ao contrário da maior parte das unidades de conservação do país, a ESEC de Maracá não possui conflitos fundiários nem residentes dentro dos seus limites.

Embora Maracá seja uma das UCs mais estudadas da Amazônia, a publicação do plano de manejo torna mais fácil a realização de pesquisas. A categoria Estação Ecológica é a mais restritiva do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e só permite acesso para atividades educacionais e científicas.

Criada em 1981, a Estação Ecológica (ESEC) de Maracá tem 101.312 hectares, mas deve crescer. Existe um estudo técnico no ICMBio em Brasília para ampliá-la, com o objetivo de que ela se conecte e ajude a proteger a Terra Indígena Yanomami, com a qual faz fronteira a oeste. A estação Maracá também é vizinha da Floresta Nacional de Roraima (ICMBio).

Infraestrutura

A sede da unidade. Foto: Luciana Pacca.

Vista da sede da Estação Ecológica Maracá. Foto: Luciana Pacca.

A ESEC Maracá possui três alojamentos com capacidade total para abrigar 28 pessoas. Dispõe de um laboratório com aparatos para análises simples e triagem de materiais coletados, além de um escritório com computador, acesso à internet via satélite e acervo de livros, artigos e teses sobre Maracá.

Outro atrativo da unidade é o sistema de trilhas com mais de 60 km de extensão, criado nos anos 80. As trilhas estão relacionadas ao Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), que atende aos projetos de pesquisa de longa duração (ver figura abaixo).

Para realizar pesquisa científica em Maracá é necessário que o interessado tire uma licença junto ao SISBIO (Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade), onde o projeto de pesquisa é encaminhado.

Para mais informações, entre em contato com a equipe gestora: e-mail [email protected] ou pelo telefone (95) 3623-3250.

– Esta matéria foi originalmente publicada no OEco e é republicada através de um acordo para compartilhar conteúdo.

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